Para ser educação é preciso ter significado...

Para ser educação é preciso ter significado...
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segunda-feira, 13 de junho de 2011

À criança o direito de ser criança... na escola também!

 disponível em http://www.fichasedesenhos.com/sejamos-como-as-crianas.html
 

“Eu também queria uma escola
Que ensinasse a conviver, a
cooperar,
a respeitar, a esperar, a saber viver
em comunidade, em união

Que vocês aprendessem
a transformar e criar

Que lhes desse múltiplos meios de
vocês expressarem cada
sentimento,
cada drama, cada emoção”

   trecho extraído do poema “Para Sara, Raquel, Lia e para todas as crianças” de Carlos Drummond de Andrade


Será que estamos, efetivamente, garantindo às nossas crianças a oportunidade de se desenvolverem e aprenderem em um ambiente escolar adequado física e pedagogicamente, que seja motivador e promova a autonomia destes sujeitos?
Ou estamos apenas preocupados em colocá-las dentro da sala de aula sem qualquer atenção às suas necessidades, gostos, desejos e realidade?
A escola é o espaço oficial do ensinar e aprender, mas este processo faz parte de um cenário maior que envolve a educação: a formação do sujeito integral, crítico, atuante, sensível, cidadão, valores estes que, desde cedo, precisam permear o trabalho pedagógico iniciado desde a mais tenra idade, em creches e escolas de educação infantil.
O lúdico é quem cria meios e condições para que os conceitos e conhecimentos sejam construídos nesta faixa etária. É, ao mesmo tempo, o combustível que alimenta o imaginário infantil e constrói relações com a realidade, que permite vivenciar enredos e papéis variados e, com isto, aprender e se desenvolver.
Não podemos negligenciar a infância e o direito ao brincar, correr, pular, interagir, sonhar... de construir (e desconstruir) castelos e personagens... ser mocinho e bandido, caubói ou astronauta... ser cuidado e orientado com carinho e respeito, de acordo com a sua condição de criança e tudo o que ela envolve. 
Atenção, afeto, confiança. Acessibilidade, segurança, higiene. Exploração, interação, movimento. Qualidade, diversidade, identidade. Estes são alguns dos ingredientes para se construir um espaço físico e pedagógico coerente com as necessidades e potencialidades infantis.
A criança é o ator principal deste cenário e precisa se sentir como tal. Sem identificação, não há aprendizado. É preciso oportunidade para agir, decidir, escolher, opinar, conviver com a diferença, descobrir-se e, nesta descoberta, encontrar o mundo. Os conteúdos, intervenções e propostas precisam estar envoltos em significado, para, então, despertar curiosidade e criatividade, suscitar valores, dúvidas, descobertas, reflexão.
É preciso promover a educação em todos os sentidos, desde o início da vida escolar, para que, ao final da jornada, possa emergir o sujeito integral, o cidadão consciente e crítico.
À criança o direito de ser criança... na escola também!


 por Juliana M. Vilas Boas Mills

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